![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXIYA2ZEjcIq-wnQBFafMYn26Q7630wt76kcl-yI58AfuLB29OWBiZDsjOhRsB-c6bhxUfcmWGGifKNJvTFuKHyQ804w4P6rsupYGM3V_hZkQ9F21DLE45AaCmllnDoZKy7zFp_rD6-y8/s320/desenho_favela_pipas.jpg)
Cenário comum no cinema brasileiro - que, desde a década de 1950, retrata o cotidiano nas comunidades cariocas -, a favela já foi mostrada de diversas formas: como lugar idílico, caldeirão cultural e, mais recentemente, como espaço onde imperam a violência e o tráfico de drogas. A instalação das UPPs, no entanto, tem modificado drasticamente o dia a dia dos moradores desses locais. Resta saber se os cineastas estão interessados em mostrar a paz e a felicidade que reinam em favelas pacificadas desde o ano passado.
No Morro da Babilônia, que serviu de cenário para "Tropa de Elite" e foi documentado por Eduardo Coutinho em "Babilônia 2000", uma iniciativa muito interessante ganhou espaço na mídia na última semana. Situada no Leme, Zona Sul da cidade, a comunidade acaba de inaugurar um cineclube e um curso de cinema. Trata-se do "Cinema Comunitário", projeto de Wallace Meirelles e Melina Guterres que conta com o apoio do Oi Futuro. A iniciativa, que também atende os vizinhos que moram no Chapéu Mangueira, tem tudo para dar certo.
Na segunda, dia 26 de abril, a sala da Associação de Moradores estava lotada de gente interessada em participar da empreitada. Houve uma palestra sobre cineclubismo com Calebe Pimentel, um entendido no assunto. Outras ideias que começaram assim hoje são respeitadas mundo afora, como o "Nós do Morro", que leva teatro, cultura e protagonismo aos jovens do Vidigal, e a "Cufa", que tem no rapper MV Bill seu defensor mais importante.
Vale a pena lembrar que, até o final da década de 90, existiram iniciativas isoladas nas comunidades do Rio que divulgavam filmes e promoviam discussões. Havia cineclubes nas comunidades da Maré, Alemão e Cidade de Deus, por exemplo, mas a violência provocada pela instalação do tráfico de drogas nesses locais fez com que a boa troca de ideias perdesse cada vez mais espaço. Matéria do "Favela tem Memória" recupera essa história: http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from%5Finfo%5Findex=6&infoid=104&sid=7
Nenhum comentário:
Postar um comentário